Afastamentos por saúde mental batem recorde em 2024 e crescem 68% em um ano

Os afastamentos do trabalho por transtornos mentais atingiram um patamar histórico em 2024. Segundo dados do Ministério da Previdência Social, o número de licenças médicas chegou a 472.328, representando um aumento de 68% em relação a 2023. Esse crescimento evidencia um problema de saúde pública cada vez mais preocupante, impactando empresas, trabalhadores e a economia do país.

O Impacto da Pandemia e a Evolução dos Afastamentos

Ao analisar a evolução dos afastamentos por transtornos mentais entre 2014 e 2024, percebe-se uma tendência de alta. Em 2014, foram registrados 221.721 casos, número que oscilou ao longo dos anos.

Entretanto, em 2020, com o início da pandemia de Covid-19, houve uma queda brusca, com apenas 91.607 afastamentos. Esse cenário pode ser explicado pela redução das atividades presenciais e pelo medo dos trabalhadores de perderem seus empregos.

Por outro lado, nos anos seguintes, o crescimento foi expressivo. Em 2023, o número já havia saltado para 283.471 afastamentos, e agora, em 2024, atingiu o maior patamar da série histórica.

Quais fatores explicam o aumento dos afastamentos?

Esse aumento está diretamente ligado a diversos fatores, entre eles:

  • Crescimento do estresse no ambiente de trabalho devido à alta competitividade e cobranças excessivas;
  • Excesso de carga horária, dificultando o equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
  • Insegurança no emprego, gerando ansiedade e incerteza sobre o futuro;
  • Impacto da pandemia, que deixou sequelas emocionais em milhões de trabalhadores;
  • Baixo investimento das empresas em saúde mental, tornando o ambiente laboral ainda mais hostil.

O que pode ser feito para conter essa crise?

Medidas preventivas no ambiente de trabalho

Diante desse cenário preocupante, muitas empresas têm buscado soluções para melhorar a saúde mental dos funcionários. Algumas medidas essenciais incluem:

  • Flexibilização da jornada de trabalho, reduzindo a sobrecarga emocional;
  • Programas de apoio psicológico, garantindo suporte profissional aos colaboradores;
  • Treinamento de gestores para identificar sinais de esgotamento e oferecer suporte adequado;
  • Políticas de bem-estar, promovendo um ambiente mais saudável e acolhedor.

O papel do governo na saúde mental dos trabalhadores

Além das empresas, o governo também tem um papel fundamental nessa questão. É essencial que sejam implementadas políticas públicas para garantir assistência psicológica acessível e melhorar a fiscalização das condições de trabalho.

Um alerta para empresas e trabalhadores

Com o recorde de afastamentos por transtornos mentais em 2024, fica claro que a saúde mental no trabalho deve ser tratada como prioridade absoluta. Se nada for feito, essa crise pode afetar ainda mais a produtividade, a qualidade de vida dos trabalhadores e a economia do país.

Dessa forma, tanto empresas quanto o governo precisam agir rapidamente para frear esse crescimento alarmante e garantir um ambiente de trabalho mais saudável e sustentável para todos.

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