Durante visita oficial ao Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou um acordo com empresas do setor aéreo japonês que inclui a venda de 20 jatos da Embraer, com estimativa de receita de cerca de R$ 10 bilhões para a companhia brasileira. Além disso, foram discutidas iniciativas conjuntas para a utilização de Combustível Sustentável de Aviação (SAF), produzido com base em etanol, o que pode beneficiar diretamente o setor sucroenergético brasileiro.

Venda de aeronaves
A companhia aérea japonesa All Nippon Airways (ANA) confirmou a aquisição de 15 jatos modelo E-190, com possibilidade de compra de mais cinco unidades. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que a parceria representa uma chancela internacional para a Embraer e pode ampliar futuras vendas para outros mercados.
O ministro destacou também a necessidade de preparação da mão de obra brasileira diante da expansão do setor. Segundo ele, programas de qualificação e capacitação estão em desenvolvimento para atender a demanda do mercado de aviação.
Combustível Sustentável de Aviação (SAF)
O Brasil e o Japão também avançaram nas tratativas sobre o uso de SAF, que pode ser produzido a partir de etanol da cana-de-açúcar, resíduos agrícolas, óleo de cozinha usado e outros materiais. A expectativa é que 10% do combustível da aviação japonesa seja composto por etanol, impulsionando a indústria de biocombustíveis no Brasil.
O governo brasileiro destaca a expertise nacional na produção de etanol e aposta no SAF como alternativa ao combustível fóssil. A cooperação com o Japão pode fortalecer o setor agroenergético e promover avanços em sustentabilidade.
Cooperação no desenvolvimento do eVTOL
Outro ponto de interesse comum é o eVTOL, aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical, também chamada de “carro voador”. Desenvolvida pela Embraer em parceria com empresas estrangeiras, a expectativa é que o modelo entre em operação até o final de 2027.
Segundo o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, o eVTOL é ideal para centros urbanos com trânsito intenso, como Tóquio, São Paulo e Nova York. Os motores elétricos serão produzidos em parceria com uma empresa japonesa.

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