Auxiliares do presidente Michel Temer minimizaram a extensão dos protestos e redução do poder de mobilização dos sindicalistas. Uma das considerações colocadas é a de que, durante a votação da reforma trabalhista na Câmara, não foi organizado nenhum protesto em frente ao Congresso, mesmo diante da possibilidade de os organizadores da greve geral perderem uma importante fonte de receita, com a extinção do imposto sindical.
Na avaliação de integrantes do Planalto, a reivindicação nas ruas após a aprovação do projeto pela Câmara perde total sentido e “Inês está morta”, disse um auxiliar, em referência à expressão popular de que é tarde demais.
Apesar disso, o Planalto está monitorando as mobilizações nas redes sociais e nesta sexta, 28, o presidente acompanha o desenrolar das manifestações. Temer decidiu permanecer em Brasília hoje e, segundo assessores, vai “trabalhar normalmente”.
Em uma clara mudança de postura em relação ao governo petista, que na avaliação do Planalto era “complacente e tolerante” com as greves que prejudicam a população, o presidente Michel Temer já havia informado que haverá corte de ponto dos grevistas.
O Ministério Público do Trabalho, por sua vez, em texto assinado pelo procurador-geral Ronaldo Fleury, defende que a paralisação tem respaldo jurídico na Constituição Federal e nos Tratados Internacionais de Direitos Humanos ratificados pelo Brasil. Fleury considera, ainda, legítima a resistência dos adeptos da greve às reformas propostas pelo governo, reforçando que a instituição é também contrária a estas medidas.
Via Agência Estado
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