Após dois aumentos na última semana, a Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (27) que vai elevar novamente o preço da gasolina nas refinarias, agora em 1,8%. O novo valor do combustível começa a vigorar já na próxima terça-feira (28). O diesel, por outro lado, terá queda de 0,2%.
O novo acréscimo acontece depois de a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ter divulgado na última semana que a gasolina havia atingido um novo recordo nos postos, passando o valor de R$ 4 por litro.
Em média, o preço do combustível chegou a R$ 4,023 a cada litro, enquanto na semana anterior o valor havia fechado em R$ 3,966. Com isso, o produto chegou ao terceiro recorde semanal consecutivo.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta segunda-feira que os sucessivos aumentos no preço da gasolina não são culpa da estatal, e sim do aumento dos impostos, elevações feitas pelo governo do presidente Michel Temer.
Política de preços
Os recorrentes aumentos no preço do combustível têm sido decretados em meio a uma nova política de preços da Petrobras. Prometendo praticar preços alinhados ao mercado internacional, a estatal prevê até mesmo mudanças diárias nas cotações. Ao mesmo tempo, a companhia busca evitar a queda de participação no mercado interno de combustíveis.
Em seu site, a estatal afirma que a política de preços “tem como base o preço de paridade de importação, que representa a alternativa de suprimento oferecido pelos nossos principais concorrentes para o mercado”.
Ainda segundo a Petrobras, a mudança contribui para uma maior aderência dos preços no mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo. Além disso, ajudaria a competir de maneira mais ágil e eficiente, recuperando parte do mercado que a empresa vinha perdendo para derivados importados. O preço cobrado pela empresa nas refinarias é o que as distribuidoras pagam pelo combustível. Este preço não precisa necessariamente ser repassado aos consumidores.
O valor da gasolina registrou um crescimento de 23,2% considerando o período de julho, quando a nova política até a última semana. Apesar da nova queda anunciada nesta segunda-feira, o diesel também soma elevação de 2524% nas refinarias desde julho. O preço médio registrado pelo combustível na última semana foi de R$ 3,411 por litro, o que representa um recorde no ano e quarta elevação seguida, ainda de acordo com a ANP.
Fonte: Economia – iG
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