De 22 de maio a 14 de agosto, o Instituto Tomie Ohtake em São Paulo, apresenta a exposição Picasso: mão erudita, olho selvagem. O vasto volume de trabalhos do artista espanhol, Pablo Picasso (1881-1973), pertencente ao Musée National Picasso-Paris e os visitantes poderão acompanhar 153 peças, sendo a grande maioria inédita no Brasil, que traçam um percurso cronológico e temático em torno de conjuntos que seguem as principais fases do artista, desde os anos de formação até os últimos de produção. São 116 trabalhos do mestre espanhol – 34 pinturas, 42 desenhos, 20 esculturas e 20 gravuras –, além de uma série de 22 fotogramas de André Villers realizados em parceria com Picasso.
Ainda completam a mostra, 12 fotografias de autoria de Dora Maar, três de Pirre Manciet e filmes sobre os trabalhos e seus processos de realização. “Escolhemos aproveitar o caráter específico da coleção para esboçar um retrato do artista que questiona sua relação com a criação, entre fabricação e concepção, implantação e pensamento, mão e olho “, destaca Emilia Philippot curadora da exposição.
A exposição brasileira sugere um percurso cronológico-temático em dez seções: O primeiro Picasso. Formação e influências (por volta de 1900); Picasso exorcista. As senhoritas de Avignon (processo da geometrização das formas); Picasso cubista. O violão (relação com a música); Picasso clássico. A máscara da antiguidade (a maternidade, o teatro e a dança); Picasso surrealista. As banhistas; Picasso engajado. Guernica (estudos da obra, fotos e foco na apresentação da tela em 1953 no Brasil/ 2ª Bienal de São Paulo); Picasso na resistência. Interiores e vanitas (processo de trabalho durante a guerra, vida doméstica e vaidades); Picasso múltiplo. A alegria da experimentação (da cerâmica ao fotograma); Picasso trabalhando. O Mistério Picasso (a magia de seu processo criativo na pintura); e O último Picasso: o triunfo do desejo (erotismo em todos seus estados).
Marcam também a mostra, filmes que permitem ao espectador penetrar no coração da criação do trabalho do artista. Desta maneira, o Guernica de Alain Resnais e Robert Hessens (1949) revisita a obra do pintor através do olhar dos desastres da guerra. Dirigido por Henri-Georges Clouzot, em 1956, Le Mystère Picasso revela a extraordinária vitalidade de seu processo criativo.
No Brasil só houve uma outra grande exposição de Picasso, em 2004, na Oca, em São Paulo, e outros de seus trabalhos foram vistos esparsamente em exposições coletivas. Portanto, o conjunto numeroso de obras, quase 90% das quais nunca antes apresentadas no País, em Picasso: mão erudita, olho selvagem é uma rara oportunidade de o público brasileiro ter um panorama abrangente de sua obra.
Serviço:
Exposição Picasso: mão erudita, olho selvagem.
De 22 de maio a 14 de agosto
De terça a domingo, das 11h às 20h
Local: Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88) – Pinheiros SP
Metrô mais próximo – Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela
Valores:
R$12,00 e R$6,00 (até 10 anos grátis); às terças grátis;
Compra de ingressos: www.institutotomieohtake.org.br ou na bilheteria do Instituto de terça a domingo, das 10h às 19h.
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