Burnout no trabalho cresce em ambientes tóxicos e sem segurança psicológica

Credito: Site pexels

Embora muitas empresas afirmem priorizar a saúde mental, a realidade do ambiente corporativo pode ser bem diferente. O fenômeno conhecido como “wellbeing washing”, em que as companhias promovem superficialmente o bem-estar dos colaboradores, mascara práticas prejudiciais como altas cargas de trabalho e relações tóxicas. Esses fatores têm contribuído para o aumento de casos de Burnout no trabalho, uma síndrome de esgotamento físico e emocional relacionada à pressão constante no ambiente profissional.

O 2º Summit Internacional de Segurança Psicológica, realizado pelo Instituto Internacional de Segurança Psicológica (IISP) em outubro, discutiu essas questões e destacou que, apesar de pessoas mais resilientes terem maior capacidade de lidar com situações adversas, a permanência em ambientes prejudiciais pode resultar em sérios danos à saúde mental. Dados do INSS mostram que os casos de Burnout quadruplicaram entre 2020 e 2023, atingindo um aumento de mais de 1.000% em relação a 2014.

Patricia Ansarah, fundadora do IISP, enfatiza a importância de uma cultura de segurança psicológica nas empresas. Segundo ela, “resiliência não é aceitar ambientes tóxicos, mas proteger os colaboradores dos impactos negativos do trabalho”. A médica integrativa Denise Tiemi Noguchi Maki, participante do evento, reforça que resiliência envolve a capacidade de se recuperar, e pedir ajuda é um ato de coragem, algo fundamental para prevenir o Burnout no trabalho.

Simone Nascimento, especialista em Saúde Mental Corporativa, acrescenta que muitas vezes, as pessoas permanecem em ambientes tóxicos por razões práticas, como garantir a subsistência. Isso, no entanto, pode agravar problemas de saúde mental. Ela alerta que a resiliência não significa suportar tudo, e normalizar condições prejudiciais dificulta mudanças positivas no ambiente de trabalho.

Denise Maki também ressalta que, embora as empresas promovam discursos sobre saúde mental, muitas vezes mantêm práticas incoerentes, como assédio e excesso de demandas. “Isso caracteriza o wellbeing washing, onde o foco está mais em parecer cuidar do que em realmente implementar medidas eficazes de segurança psicológica.”

A especialista em psicologia da saúde ocupacional, Fatima Macedo, alerta que a autoexigência excessiva também contribui para perpetuar ambientes insalubres, levando ao aumento de casos de Burnout no trabalho e à necessidade urgente de transformar a cultura corporativa.

O Burnout no trabalho é um tema urgente, e abordar a segurança psicológica com seriedade é essencial para prevenir mais casos.  Priorizar sua saúde mental é o primeiro passo para alcançar o sucesso de forma sustentável e equilibrada.

Perguntas frequentes sobre burnout no trabalho:

Quais os direitos do trabalhador com burnout?
O trabalhador com burnout tem direito ao afastamento pelo INSS, podendo receber auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, dependendo do caso.

Quais são as 3 fases da Síndrome de Burnout?
As três fases do burnout são: estresse leve, esgotamento crônico e a fase de colapso, quando os sintomas atingem o ápice.

Como provar burnout no trabalho?
Para provar burnout, é necessário um laudo médico detalhado que ateste o esgotamento ligado às condições de trabalho e atividades exercidas.

Quanto tempo posso ficar afastado por burnout?
O tempo de afastamento por burnout varia de acordo com a gravidade, podendo ser de alguns meses ou até mais, conforme a recuperação.

Quanto tempo dura uma crise de burnout?
A duração de uma crise de burnout pode variar, mas o tratamento adequado pode levar de algumas semanas a meses para estabilização.

O que o burnout causa no corpo?
O burnout pode causar fadiga extrema, dores musculares, insônia, problemas digestivos e aumento da pressão arterial.

Quais são as sequelas do burnout?
As sequelas podem incluir ansiedade, depressão, insônia crônica e dificuldades cognitivas, como falta de concentração e memória.

O que vem antes do burnout?
Antes do burnout, há sinais de exaustão física e mental, estresse elevado, irritabilidade e perda de motivação no trabalho.

Qual o remédio para Burnout?
O tratamento pode incluir terapia, mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, medicamentos antidepressivos e ansiolíticos prescritos por um médico.

Estou com Burnout, posso pedir demissão?
Sim, você pode pedir demissão, mas é aconselhável procurar ajuda médica antes e avaliar todas as opções, como afastamento pelo INSS.

Qual o CID de Burnout?
O CID de Burnout é Z73.0, classificado como “esgotamento físico e mental relacionado ao trabalho”.

CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK!

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*