Os executivos brasileiros estão bastante pessimistas com os rumos que a economia do país deve tomar neste ano. É o que revela o Mapa de Perspectivas Econômicas e Profissionais 2016, desenvolvido pelo PageGroup. De acordo com o estudo, 15% apostavam no aumento da taxa de desemprego em 2012. Neste ano, 76% acreditam nessa possibilidade.
Além do aumento da taxa de desemprego, os executivos brasileiros mostram ceticismo com o PIB e taxa básica de juros. No segundo ano do primeiro mandato da presidente Dilma Roussef, 15% acreditavam na queda do PIB.
Neste ano, 88% confiam numa queda ainda maior ou manutenção do mesmo nível do ano passado. O aumento da taxa básica de juros era esperado por 12% em 2012.
Agora, 59% acreditam que a taxa terá novas escaladas. Para Patrick Hollard, diretor executivo do PageGroup para as Américas, África e Oriente Médio, os resultados refletidos na pesquisa estão ligados diretamente com a queda da atividade econômica.
“Os executivos mostram uma certa preocupação com o cenário econômico neste ano. Mostram-se preocupados com os principais indicadores e atentos com a crise. Apesar do momento, ainda há espaço para novas contratações e oportunidade para crescer em alguns mercados e setores. O momento também é apropriado para as empresas reverem seus processos e isso passa pela substituição de alguns profissionais que não tem o perfil que o momento exige”, avalia.
Os executivos do Brasil estão mais preocupados com a taxa de desemprego e PIB do que seus colegas consultados da América Latina. Para 76% dos brasileiros, o índice de emprego deve piorar neste ano enquanto 51% dos latino-americanos acreditam na mesma possibilidade. Sobre a piora do PIB, 62% esperam que isso aconteça no Brasil ante 34% no restante da América Latina.
A taxa básica de juros e o dólar trazem mais desconforto aos latino-americanos. Somam 59% os que apostam no aumento da taxa básica de juros na América Latina. No Brasil, esse aumento é esperado por 52%. O aumento da cotação do dólar também traz preocupação para 60% dos executivos latinos. Em terras brasileiras, 47% acreditam nesse aumento.
Investimentos congelados
Como a confiança do empresariado na economia está abalada, os investimentos também estão em “stand by”. Dados da pesquisa mostram que quase a metade dos executivos do Brasil (49%) pretendem investir menos em relação a 2015. Na América Latina , o cenário é inverso: 36% pretendem investir mais do que o ano anterior.
O foco dos investimentos, segundo os executivos nacionais e latino-americanos, será em projetos de aumento de produtividade (31%), estratégia de negócios (20% – canal de venda, descontos, promoções e projetos de cooperação). Foram citados também expansão da operação (15%) e tecnologia da informação (13%).
Emprego
A crise também reflete no mercado de trabalho. A pesquisa do PageGroup aponta que apenas duas em cada dez empresas nacionais pretendem expandir o seu quadro de funcionários. Contudo, 72% dos entrevistados afirmaram que não haverá redução de postos de trabalho.
Na América Latina, esse índice de contratação está mais favorável. Pouco mais de um terço (37%) das companhias pretendem contratar neste ano. E 80% informaram que não vão reduzir o quadro de funcionários.
Áreas com possibilidade de contratação no Brasil
– Vendas
– Operações
– Tecnologia da Informação
– Finanças
– Marketing
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