O filme brasileiro A Glória e a Graça, entra em cartaz hoje, dia 30 de março nos cinemas, com um tema cada vez mais relevante às telas, a questão da visibilidade trans. Dirigido por Flávio Ramos Tambellini, o filme traz Carolina Ferraz no papel de Glória, uma travesti dona de um restaurante no Rio que passa a cuidar dos sobrinhos depois de a irmã, Graça (Sandra Corveloni), descobrir que possui uma doença terminal. As duas não mantinham contato havia 13 anos, quando Glória ainda era Luiz Carlos.
Na trama Graça (Sandra Corveloni), uma massoterapeuta mãe de dois filhos, descobre que está com um aneurisma. Ela resolve retomar o contato com o irmão, com quem não falava há 15 anos. Ao reencontrá-lo, Graça descobre que Luiz Carlos agora é Glória (Carolina Ferraz), transexual e dona de um restaurante em Santa Tereza, no Rio. Com a aproximação de Graça, a vida de Glória sofre uma reviravolta. Agora existe a possibilidade de ela tomar conta dos sobrinhos na ausência de Graça.
Houve polêmica quanto à escolha de Carolina Ferraz para o papel de uma trans. Porque não escolher uma atriz transexual de fato? Para o diretor do filme, Flávio R. Tambellini, “se eu fizer um filme sobre um viciado em heroína preciso de um ator também viciado? O que interessa é a entrega, a dedicação, e, principalmente, a compreensão do personagem”.
Segundo o diretor e a atriz Carolina Ferraz, um dos principais objetivos da obra é tirar a transgeneridade do clichê e do estereótipo, e retratar a protagonista (Glória) como um ser humano bem-sucedido. “A representação do transgênero no audiovisual quase nunca é realista. Ou é cômica, ou muito caricata. Nos preocupamos em construir uma pessoa”, diz Carolina, que, para compor a personagem, recebeu a ajuda dos preparadores de elenco Chris Duvoort e Marina Medeiros.
Confira o trailer do filme:
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