Por Ricardo Moreira
O Castelinho da Rua Apa, como é conhecido o imóvel famoso pelas crônicas dos jornais da década de 60, que estava abandonado há 50 anos, foi totalmente reformado. A entrega do prédio restaurado, financiado pelo FID – Fundo Social de Interesses Difusos da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, foi feita pelo governador Geraldo Alckmin nesta quinta-feira (6).
Ao falar sobre a reforma, Alckmin disse que tinha duas boas notícias: “A primeira é a restauração do imóvel localizado ao lado da Avenida São João, na rua Apa. Construído em 1912, ele tem importância histórica e arquitetônica para a cidade de São Paulo e foi totalmente restaurado, com investimento de R$ 2,9 milhões, concluído em 20 meses. A segunda, e a mais importante, é a destinação do Castelinho para o Clube de Mães, uma organização não governamental que se dedica e trabalha com moradores de rua, refugiados e pessoas que passam necessidades”.
O imóvel foi cedido ao Clube de Mães do Brasil e faz parte da primeira ocupação urbana do bairro de Santa Cecília. No local, serão desenvolvidas atividades culturais e de assistência para crianças carentes, cidadãos em situação de rua, refugiados políticos e dependentes químicos. O programa desenvolvido pela ONG foi elogiado pelo governador.
“É um trabalho muito bonito, de um verdadeiro coração de mãe. Então, a cidade de São Paulo ganha um castelinho totalmente restaurado, que estava ameaçado de ruir, e de outro lado, o Clube de Mães vai fazer um belíssimo trabalho social de capacitação de pessoas que precisam”, afirmou o governador, que estava acompanhado da primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade (Fussesp), Lu Alckmin.
História
O Castelinho da Rua Apa tem importância arquitetônica e histórica para a cidade de São Paulo e, por essa razão, foi tombado pelo Patrimônio Histórico. Localizado na Rua Apa, esquina com a tradicional Avenida São João, o imóvel foi construído no início Século XX e ficou conhecido devido a um trágico acontecimento.
Famoso nas crônicas policiais, o caso envolveu o assassinato, na década de 1930, não totalmente esclarecido, de todos os integrantes de um tradicional família paulista. Desde então, ganhou fama de mal assombrado.
Abandonado por mais de 50 anos e com arquitetura de origem na Belle Époque francesa, o imóvel faz parte do sonho acalentado pela presidente da ONG Clube de Mães do Brasil, Maria Heulina Hilsenbeck, que lutou muito pela recuperação do imóvel para o desenvolvimento das atividades sociais da instituição. Trevisan foi moradora de rua e sua história está associada ao Castelinho da Rua Apa porque, nessa condição, conseguiu abrigo no imóvel em algumas ocasiões.
A chance de recuperar o imóvel aconteceu em decorrência do convênio com o Fundo Social de Interesses Difusos (FID), administrado pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania. O recurso no valor de R$ 2,8 milhões concedido pelo FID possibilitou a recuperação do imóvel, que agora será utilizado em atividades de apoio a crianças carentes, moradores de rua, dependentes químicos e de ajuda de refugiados estrangeiros, radicados em São Paulo.
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