Cinema – X-Men: Apocalipse se perde em uma trama que poderia ser a melhor dos mutantes no cinema

Por Alan Morais

X-Men – O Filme de 2000 ao lado dos filmes soturnos de Blade foram os grandes responsáveis pela leva de historias em quadrinhos transportadas para o cinema. O filme mostrou que era possível fazer filmes que conquistem todos os públicos e conte uma historia com personagens já queridos e conhecidos em outras mídias que o cinema nunca conseguiu dar mais destaque.

Desde então, a franquia X-Men já produziu 6 filmes e 3 filmes solos, entre grandes acertos como o bem sucedido Deadpool (2016), que soube transportar a comédia e a violência dos quadrinhos fielmente para o cinema. Também há erros, como X-Men: O confronto final (2006) que foi detestado por critica e público.

X-Men: Apocalipse não deverá ser o pior, nem o melhor retrato dos mutantes do cinema, a sensação de um filme sessão da tarde do filme permeia toda a aventura, como o título denuncia trata principalmente como o título informa da historia do confronto dos mutantes contra Apocalipse (Oscar Isaac), o mutante todo poderoso é cultuado como um Deus desde o Egito Antigo e por uma série de fatores retorna a década de 80.

Porém entre essa premissa, que trata de um dos mais poderosos vilões do universo X-Men se perde com uma porção de subtramas paralelas. Temos a reinserção de personagens agora jovens como Ciclope (Tye Sheridan) que ainda não apresenta traços de líder da equipe. A jovem Jean Grey (Sophie Turner de Game Of Thrones) em conflito com seus poderes. Noturno (Kodi Smit-McPhee) que não tem desenvolvimento e parece inserido apenas para utilização de seus poderes nas cenas de batalha. A Tempestade (Alexandra Shipp) e Psylocke (Olivia Munn) que são subaproveitadas pela trama.

Além dessas inserções temos os protagonistas de fato desse filme, Xavier (James McAvoy) muito bem utilizado pela trama e um dos únicos com um arco completo, Magneto (Michael Fassbender), que novamente tem uma intensa carga dramática que é resolvida de maneira simplória. E a Mística (Jennifer Lawrence), a ex-vilã se torna líder da equipe e ainda tem uma trama em busca da auto aceitação de sua imagem. Trama essa devido à alergia da atriz a camada de tintura azul característica da personagem e também convenhamos para ter uma mega estrela de Hollywood em evidencia durante toda a película.

O problema é que todos esses personagens não conseguem desenvolver o principal diferencial do X-men para os outros heróis, que é o drama de lidar em serem diferentes e não bem aceitos na sociedade como um todo. A trama prefere focar no desenvolvimento do megavilão que promete muito, mas que acaba decepcionando. E deixa alguns furos de trama. (Alerta Spoiler) Como um vilão que tem diversos poderes como controle molecular e telecinese tenta destruir um inimigo agarrando pelo pescoço? A ideia pode mostrar- se dramática para o desfecho, mas não se mostra verossímil com o roteiro desenvolvido.

Em suma, o filme é uma diversão momentânea e que não agrega muito ao universo do X-Men no cinema, trás novamente personagens queridos, mas foca na ação e não no desenvolvimento desses para contar a historia que no geral fica vaga e com uma sensação de que faltou algo, tornando a inserção do todo poderoso vilão nos cinemas, um evento mediano.

Dica: Não saia do cinema quando surgir os créditos do filme, como é de costume dos filmes da Marvel (ainda que produzido pela FOX), há uma cena pós-crédito que da indícios do vilão dos próximos filmes.

X-Men: Apocalipse
Ano: 2016
Gênero: Aventura / Ação / Super-herói
Direção: Bryan Singer
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Evan Peters, Nicholas Hoult, Tye Sheridan.
Duração: 144 min

Nota: 7
Melhor: Belos efeitos visuais
Pior: Roteiro se perde em seus diversos arcos e subtramas e acaba entregando um resultado abaixo dos últimos filmes da franquia.

alan

Alan Morais é formado na área financeira, apaixonado por séries, quadrinhos, games e cinéfilo de carteirinha. Twitter e Instagram: @allmorais

 

 


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