A exposição Hiatus: a memória da violência ditatorial na América Latina, teve abertura no último sábado (21), e apresenta obras realizadas a partir do diálogo com o tema da memória, resultados das Comissões da Verdade e a continuidade de violações semelhantes no mundo contemporâneo. A entrada é gratuita e a exposição fica em cartaz até 13 de março de 2018, no 3º andar do Memorial da Resistência, na capital paulista.
São obras de oito artistas, que passam por diversos suportes, pesquisas e exercícios, instalações, fotografias pessoais com intervenções, estruturas cilíndricas com as imagens de mortos e desaparecidos e um vídeo sobre um linchamento. A exposição nasceu da ideia de levar ao público o tema do trauma provocado por regimes autoritários, como uma ferramenta de conscientização e reflexão.
Exposição
“Num momento político em que observamos o apagamento sistemático da memória da ditadura no Brasil e observamos a relativização da gravidade das violações cometidas nesse contexto, a exposição Hiatus traz a potência da arte e da memória na luta pela democracia, justiça e verdade, nessa missão fundamental que o Memorial da Resistência tem de lembrar o que aconteceu para que não se repita”, disse Marilia Bonas, coordenadora do Memorial da Resistência.
Além disso, o nome da exposição, palavra derivada do latim hiatus, remete às noções de falta, lacuna, interrupção, abismo. Segundo a organização da mostra, ao propor uma exposição voltada para a memória das ditaduras na América Latina, calcada nesse universo semântico, enfatizou-se os fatos de que essas ditaduras representaram rupturas históricas e que constituem uma falta ou um vazio difícil de simbolizar.
Hiatus fica em cartaz no Memorial da Resistência (memorialdaresistenciasp.org.br), no Largo General Osório, 66, região central da cidade.
Via Agência Brasil
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