Vitrolas retrô resgatam sons e memórias dos discos de vinil

Eles já tiveram posição de destaque nas salas, nas rádios, nas festas, mas novas tecnologias e formatos de mídias fizeram com os discos de vinil fossem perdendo espaço e mercado. Desenvolvidos nos anos 40, eles voltaram com força depois de décadas em que os CD´s dominaram as lojas e, mesmo num cenário de alto consumo de música digital, as vendas de discos de vinil tiveram um aumento de 30% em 2015, segundos dados da Nielsen Company.

Em todo o mundo novos discos têm sido prensados (inclusive no Brasil), raridades comercializadas em sebos a peso de ouro e, assim, a busca por equipamentos tem crescido também. Aqui no Brasil, o designer Alberto Mizuki resolveu unir duas paixões a serviço dos amantes do vinil: a marcenaria e música. Busca, assim, trazer de volta não apenas os equipamentos, mas principalmente lembranças e emoções do passado.

Ele conseguiu resgatar o charme e a memória de ouvir aquele clássico chiado da agulha seguindo pelas ranhuras do disco produzindo as vitrolas retrô, em móveis exclusivos, e com equipamentos de alta tecnologia. “As vitrolas têm inspiração nos anos 50, e atualmente são cinco diferentes modelos que remetem à época,” explica Alberto.

As vitrolas, que têm todo o design assinado e criado por ele, recebem pintura automotiva por ser mais resistente e, principalmente, por oferecer centenas de opções de cores de qualquer marca, inclusive as metálicas, desde que disponíveis no mercado nacional. A escolha do modelo e da cor pelo cliente permite uma perfeita harmonização com o seu ambiente, conferindo um toque retrô e muito moderno em qualquer espaço.

Os equipamentos utilizados são das décadas de 70/80 porque possuem som estéreo de qualidade e também porque foram objetos de desejo de muitos na época. A configuração básica de uma vitrola contém receiver com rádio AM/FM; toca disco de vinil; DVD player que toca MP3, CD e DVD; entrada USB; e conexão com smartphones. Alberto afirma que o cliente pode instalar um amplificador integrado e um receptor de AM/FM (tuner) em vez de receiver, como opcional. “A sofisticação do som depende da exigência do cliente”, comenta Mizuki.

Novos Consumidores
Quando iniciou este trabalho, Alberto imaginou que seu público-alvo seriam homens com mais de 60 anos que curtiram discos de vinil nos anos 70/80. Porém, ao receber os pedidos de seus primeiros clientes, veio a surpresa: muitos eram jovens, com menos de 35 anos, e as mulheres engrossavam a lista.

A cliente mais jovem é uma menina que pediu aos pais, como presente de 15 anos, uma vitrola amarela igual aos táxis de Nova Iorque. Assim que ganhou o presente, foi ouvir Nina Simone. Já, a mais idosa é uma senhora de 70 anos que quis que o som da sua festa de casamento contasse com toda a sua coleção de discos de vinil, tocados numa vitrola retrô.

Uma vitrola custa a partir de oito mil reais com todos os equipamentos. O custo varia por conta da marca e modelo exigidos pelo cliente, e pelo estado de conservação desses aparelhos. O prazo de entrega gira em torno de 60 a 90 dias. Todo esse tempo é justificado não só pelo primoroso trabalho de marcenaria realizado, mas principalmente em encontrar equipamentos de mais de quarenta anos em excelente estado de conservação.

 

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